A vacinação é uma das maiores conquistas da medicina moderna, salvando milhões de vidas todos os anos e erradicando doenças que antes eram comuns. No entanto, apesar de sua eficácia comprovada, muitas pessoas ainda têm dúvidas sobre a importância da vacinação e seus benefícios para a saúde individual e coletiva.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a cobertura global de imunização, incluindo a poliomielite, caiu de 86% em 2019 para 81% em 2021. Neste artigo, vamos explorar os principais motivos pelos quais a vacinação é tão crucial, e como ela pode ajudar a proteger você, sua família e a comunidade como um todo. Confira!
A vacinação é uma das medidas mais importantes para a promoção da saúde pública. Quando as pessoas se vacinam, elas não apenas protegem a si mesmas, mas também contribuem para a prevenção e controle de doenças infecciosas em toda a comunidade.
Quando uma grande parte da população é vacinada, a doença tem menos chances de se espalhar. Isso ocorre porque as pessoas vacinadas desenvolvem imunidade à doença, impedindo a transmissão do agente causador para outras pessoas. Isso é chamado de “imunidade coletiva” ou “imunidade de rebanho”.
Considerando que nem todos podem ser vacinados, como é o caso de bebês pequenos e pessoas gravemente doentes ou com alergias, é importante que as pessoas ao redor se vacinem para estarem a salvo de doenças que podem ser evitadas pela imunização.
Além disso, a vacinação ajuda a prevenir surtos e epidemias de doenças que podem ser graves ou mesmo fatais. Infelizmente, doenças como poliomielite, sarampo, rubéola e caxumba, que já haviam sido controladas ou até mesmo eliminadas, passaram a circular novamente, por conta da redução da adesão às vacinas.
Em 2016, o Brasil conquistou o certificado de eliminação do vírus do sarampo, mas a doença voltou em 2018 – inclusive com mais de 10 mil casos confirmados na época – e perdeu a certificação.
Por fim, a vacinação é uma maneira muito eficaz de reduzir a carga de doenças infecciosas na sociedade, diminuindo assim os custos e os impactos econômicos e sociais dessas doenças.
As crianças, especialmente as mais novas, são particularmente vulneráveis às doenças infecciosas porque seus sistemas imunológicos ainda estão se desenvolvendo e podem ser facilmente sobrecarregados por um vírus ou bactéria. Algumas doenças infecciosas, como o sarampo, a tuberculose, a caxumba e a rubéola, podem causar complicações sérias em crianças, incluindo pneumonia, encefalite e até mesmo morte, mas podem ser evitadas com a imunização.
Durante a infância, as pessoas recebem uma caderneta de vacinação que contém as vacinas que o bebê já tomou, quando serão necessárias as doses de reforço e também as próximas vacinas a serem aplicadas. Essa caderneta deve estar sempre atualizada para que as crianças fiquem protegidas.
A vacinação infantil é uma responsabilidade compartilhada entre os pais, profissionais de saúde e o governo. Os pais devem garantir que seus filhos recebam todas as vacinas recomendadas, enquanto os profissionais de saúde devem fornecer informações claras e precisas sobre os benefícios da vacinação. Já o governo, deve investir em campanhas de vacinação em massa, garantindo que todas as crianças tenham acesso às vacinas gratuitamente.
O aumento de informações falsas e teorias da conspiração nas redes sociais tem influenciado muitas pessoas a não se vacinarem. Por isso, é importante buscar informações confiáveis e cientificamente embasadas para tomar a decisão correta sobre a vacinação. As vacinas são seguras, além de passarem por testes rigorosos antes de serem aprovadas para distribuição. Veja como elas funcionam:
As vacinas são compostas por formas mortas ou enfraquecidas de germes, como vírus ou bactérias, elas não causam a doença ou colocam você em risco de suas complicações. Ao serem aplicadas, o sistema imunológico reconhece o germe invasor, seja vírus ou bactéria.
Ele passa a produzir anticorpos, que ajudam a combater a doença. Nossos sistema imunológico tem a capacidade de lembrar, portanto, se a pessoa for exposta ao germe no futuro, ele conseguirá destruí-lo antes que ela adoeça.
Em alguns casos, é necessário tomar doses de reforço de tempos em tempos, para manter a proteção, enquanto em outros, apenas uma dose é o suficiente.
Diretor Técnico: Dr. Sandro Laércio Reichow - CRM/SC 6382 RQE 2224